JANDUHY FINIZOLA DA CUNHA nasceu em Jardim do Seridó/RN, no dia
22 de abril de 1931. É filho de Manoel Orago da Cunha e Maria Finizola da Cunha
e tem
ascendência italiana. Estudou durante a sua infância na Escola Antônio de
Azevedo, na qual concluiu o curso primário. Residiu durante a sua infância e
adolescência na casa hoje pertencente à senhora Tilda Baltazar, ao lado da
Igreja Matriz da cidade supracitada.
Durante a sua formação escolar Janduhy passou pelo Ginásio Diocesano de Caicó e
Atheneu Norte Rio-grandense em Natal. Em 1951, prestou vestibular para a
Faculdade de Medicina em Recife/PE, concluindo o seu curso no ano de 1957. Em
seguida, no Rio de Janeiro, onde passou cerca de dois anos, fez especialização
em aparelho digestivo.
No ano de 1960 Dr. Janduhy passa a trabalhar no Hospital São
Sebastião na cidade de Caruaru/PE, dedicando desde então trinta e dois anos de
vida a
referida casa de saúde. O mesmo também fixa residência naquela cidade na qual
reside até hoje, exercendo a medicina. Lá casou-se com vitória Tereza Gomes
Finizola, e dessa União nasceram os filhos Janduhy e Januária.
A veia artística do compositor e poeta aflorou cedo. Ainda na
adolescência publicou três livros de poesias, em 2004 publica "Oficina de
Infinitos", posteriormente "Sementes" (2007) e em breve será
publicado o seu mais novo
livro no mesmo gênero literário.
Na década de 1960 ingressa na área musical
como compositor. É de sua autoria músicas como: Viração, Bananeira Mangará, Ana
Maria, Canto Livre, Reflexões, Balanço Balanceá, Vida Viola, Raízes, Cantiga de
Pai, Cidadão de Caruaru, Nova Jerusalém, Frei Damião, Cavalo Crioulo, Vivência
e Na Corda do Feijão. A maior obra de Jandhuy considerada por muitos foi a
"Missa do Vaqueiro" gravada pelo Quinteto Violado. Muitas dessas músicas
fizeram e fazem muito sucesso interpretadas por grandes cantores e grupos
musicais como: Dominguinhos, Santanna, Jorge de Altinho, Silvério Pessoa, Ruy
Maurity, Jacinto Silva, Plínio Pacheco, Três do Nordeste, dentre outros.
Dentre as parcerias e amizades cultivadas através da música,
uma é especial: Luiz Gonzaga, que posteriormente iria passar a chamá-lo pela
alcunha de "Doutor do Baião". A amizade com o músico pernambucano
teve início a partir de um
desejo do compositor jardinense radicado em Caruaru em ter uma música gravada
por Luiz Gonzaga, pois o mesmo considerava o Rei do Baião como seu ídolo
musical, como conta o próprio Janduhy:
Mas cadê que eu conseguia chegar perto dele? Eu estava com uma música pronta
que era a cara dele.
Uma noite em que eu ia ter a oportunidade de falar com
Gonzaga, foi o meu plantão no hospital.
De madrugada, fui acordado por um servente, avisando que Luiz Gonzaga estava
ali, pensei que fosse uma
brincadeira. Mas ele insistiu tanto que me levantei e fui ver se era verdade.
Era Gonzaga, que foi logo perguntando, se eu era o doutor do baião".
(JANDUHY
FINIZOLA, 2012)
oi o começo de uma parceria e de uma grande amizade. A partir
daí, Luiz Gonzaga passou a interpretar diversas músicas de autoria do referido
compositor jardinense.
Outras duas características marcantes em Janduhy Finizola é o
amor pela cultura sertaneja e a sua fervorosa religiosidade, católica, o que
fez o mesmo se auto-definir como "católico, apostólico, sertanejo". A
prova disso é que todos os anos ele participa da Missa do Vaqueiro no interior
pernambucano e de Romarias em Juazeiro do Norte/CE, pois é devoto do Padre
Cícero Romão Batista.
Na realidade, o Dr. Janduhy Finizola tem uma história de vida marcada pela
contribuição a medicina, música e literatura, a maior parte dela em solo
pernambucano.
Dados Artísticos Em 1973, teve as músicas "Cidadão de
Caruaru", com Onildo Almeida, "A Nova Jerusalém", "Cavalo
crioulo" e "Frei Damião" gravadas por Luiz Gonzaga. Em 1975,
desenvolveu um projeto de extrema originalidade e também de grande repercussão:
uma missa sertaneja, integrada por músicas por ele compostas, para qualificar a
saga do vaqueiro do Nordeste.
foi concedido o Título Honorífico de Cidadão Pernambucano ao
compositor musical e médico Dr. Janduhy Finizola da Cunha.
Em 1976, no LP "Missa do vaqueiro", do Quinteto
(...)
OBRAS
A fé do lavrador (c/ Dominguinhos)
A Nova Jerusalém
Ana Maria
Bananeira Mangará
Canto de despedida
Cavalo crioulo
FONTE –
AMIGOS DA CULTURA DE JARDIM DO SERIDÓ
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